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APRENDER A REAPRENDER

EDUCAÇÃO CORPORATIVA


Psicólogo das Organizações e Trabalho
A educação corporativa é um modelo estratégico de que o gestor se serve para desen­volver e educar trabalhado­res, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estra­tégias da organização.

A educação corporativa consiste num projecto de formação desenvolvido pelas empre­sas, que tem como objectivo “institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, pro­porcionando a aquisição de novas competên­cias vinculadas às estratégias empresariais”, de acordo com Quartiero & Cerny.

A crescente expansão deste modelo, aplicado mundialmente pelas grandes organiza­ções justifica-se pela chamada “Sociedade do Conhecimento”, como factor determi­nante para o sucesso, cujo paradigma, segundo Managão, é a capacidade de trans­formação do indivíduo social por meio do conhecimento. Garantindo, por esta via, às organizações, nas suas diversas formas de constituição e gestão, a sustentabilidade da sua posição no mundo. Neste contexto, um novo trabalhador é exigido que enfa­tize competências segundo um comporta­mento na solução de problemas, a capacidade de trabalhar em grupo, de pensar e agir em sistemas interligados e de assumir a responsabilidade no grupo de trabalho.

Todo o plano de diversificação da eco­nomia de uma sociedade ou país deve estar estritamente alinhado com um plano de educação sustentável e contínua de todos os actores sociais. As empresas ao invés de esperarem que as escolas tornem os seus currículos mais relevantes para a reali­dade empresarial, resolveram percorrer o caminho inverso e trouxeram a escola, com métodos mais adequados e contex­tuais, para dentro da empresa. O sucesso empresarial tem a sua base no nível do capi­tal intelectual que lhe é disponível e não no seu capital financeiro. Esta lógica aplicada às empresas, numa visão micro, aplica-se igualmente ao país que se preze em desen­volver um plano sustentável de crescimento económico alinhado com a qualificação e competência dos seus quadros.

A educação corporativa se justifica ,no nosso contexto, pela insuficiência do Estado em fornecer para o mercado mão­-de-obra competentemente adequada aos desafios institucionais e empresariais. Desta forma, as organizações, buscando estrategicamente um modelo próprio que promova e dissemine a cultura organiza­cional e o atendimento do plano estratégico de cada empresa, chamam para si essa res­ponsabilidade, defendendo o deslocamento do papel do Estado e das tradicionais ins­tituições de ensino para o empresariado na direcção de projectos educacionais. As empresas grandes, médias e pequenas, no nosso mercado, sem necessidade de depen­der das políticas educacionais do Estado, são chamadas a criar nas suas áreas de gestão um sector de Treinamento e Desenvolvimento de Competências que vise o ali­nhamento das competências individuais com as competências organizacionais, bem como, atenda a necessidade social de um projecto de formação humana comprome­tido com a construção de justiça social e a igualdade. E este processo de aprendiza­gem organizacional deve ser um activo na gestão do pessoal, acção contínua e cons­textual à realidade de cada organização.


Actualmente, mudanças vêm ocorrendo em vários âmbitos nas organizações, sejam elas públicas, privadas, académicas, entre outras, na gestão de Recursos Humanos, em especial, para algumas, no sector de Treinamento e Desenvolvimento. Estas mudanças têm feito com que as organiza­ções se deparem com inovações, criatividade, novos métodos de gestão do conhecimento cada vez mais avançados. A educação cor­porativa, nos dias actuais, significa que o treinamento para qualificação apenas das funções dos gestores/trabalhadores ficou restrita ao passado. Hoje, é neces­sário investir no desenvolvimento destes novos perfis para uma maneira totalmente nova de agir e pensar dos seres humanos que compõem os quadros funcionais das organizações, onde a valorização do capi­tal intelectual na gestão do conhecimento e gestão de competências é o diferencial para desempenhar e se antecipar as mudan­ças do mercado para alcançar a vantagem competitiva. A educação corporativa não se restringe a salas de aulas, mas sim a pro­cessos organizacionais que são a criação de uma aprendizagem contínua, ou educa­ção continuada, atingindo o próprio recurso intelectual e pessoal da empresa. Compartilhar experiências, acções e informações, visando a solução de problemas, aprender a reaprender, junto com toda a equipa, é a nova política de gestão, onde ainda exige­-se maior escolaridade, mas considera a competência e não a qualificação.
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